Atualmente, tem-se vindo a assistir a uma crescente preocupação com a imagem pessoal, por parte da generalidade das pessoas, seja por inseguranças que foram surgindo com as redes sociais e as novas tecnologias, como com os novos conceitos de moda ou mesmo com o objetivo de se sentirem mais confiantes e cuidadas.
Tendo estes fatores como ponto de partida, existem e têm vindo a ser criadas cada vez mais profissões de cuidado pessoal, que podem fazer a diferença no dia a dia da população e transformar positivamente as suas vidas, como as profissões de cabeleireiros, esteticistas, barbeiros, assessores de imagem e entre outros prestadores de serviços de cuidado de imagem e tratamento.
O que faz, realmente, um cabeleireiro?
O cabeleireiro é um profissional responsável por realizar serviços de corte e tratamento de cabelo, tanto em homens como em mulheres de todas as idades, com o objetivo de melhorar, não só a aparência estética como a saúde dos clientes. No entanto, o cabeleireiro pode especializar-se num serviço, por exemplo, para homens, ficando com o nome técnico de “barbeiro”.
É um trabalho que exige algumas ferramentas técnicas, como tesouras, navalhas, máquinas, pentes e pincéis, assim como produtos químicos (champôs, tintas de coloração e entre outros) para alguns dos serviços de tratamento, limpeza ou coloração do cabelo.
Desta forma, visto ser uma função que exige, também, alguns conhecimentos técnicos, é necessária uma constante atualização dos profissionais, tendo em conta a evolução do mercado e as novas tendências e necessidades dos consumidores - conheça os cortes de cabelo para 2022.
Como é que funciona a parte formativa nesta área?
É exigida formação ou é opcional?
O Decreto-Lei n.º 358/84, de 13 de Novembro aprovou o regime jurídico das carteiras profissionais, isto é, definiu o condicionamento do exercício de profissões à obtenção de qualificações especiais, com o objetivo de garantir a saúde, integridade física e moral das pessoas ou da segurança dos bens, remetendo para portarias a indicação das profissões sujeitas a tal acondicionamento.
De forma mais concreta, este Decreto definiu algumas condições para a atribuição de carteira profissional, nomeadamente, que a obtenção da carteira profissional para o exercício das profissões de cuidados de beleza, corporais e de bem-estar, desde cabeleireiro/a, barbeiro/a, manicuro/a, pedicuro/a, calista, esteticista, massagista de estética, calista e entre outras ficava dependente da aprovação num curso de formação profissional certificado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e mais um conjunto de condições, em concordância com a Portaria nº 799/90 de 6 de Setembro.
No entanto, com o intuito de simplificar o acesso a diversas profissões através da eliminação de cursos de formação obrigatória, certificados de aptidão profissional e carteiras profissionais, mais recentemente, foi publicado o Decreto-Lei nº 92/2011 de 27 de Julho, que revogou a portaria acima referida e o Decreto-Lei n.º 358/84, de 13 de Novembro.
Mas o que é que isto significa?
Atualmente, com o Decreto-lei, publicado em 2011, foi estipulado que não é necessário a obtenção de uma carteira profissional para desenvolver qualquer uma das atividades anteriormente referidas, neste contexto e a partir desta data, sem prejuízo das futuras deliberações a emitir pela Comissão de Regulação do Acesso a Profissões (CRAP).
Assim, com a revogação do Decreto-Lei n.º 358/84, a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho deixou de emitir Carteiras Profissionais, a partir do dia 1 de Agosto de 2011. Complementarmente, o Decreto-Lei acima referido não veio alterar o valor da validade das Carteiras Profissionais já emitidas, uma vez que continuam a atestar as competências profissionais para o exercício dessa profissão.
De qualquer forma, se pretende criar um cabeleireiro em Portugal, deve ter em conta a importância de trabalhar com uma equipa multidisciplinar, capaz de garantir um serviço especializado e de qualidade. Para tal, apesar de já não ser obrigatório obter uma carteira profissional de cabeleireiro, faz sentido e é aconselhada a realização de cursos profissionais em entidades ou centros de formação certificados, de forma a obter uma formação técnica mais diferenciada, especializada e atual.
Por exemplo, a CIT é uma entidade que disponibiliza um Curso de Certificação de Profissionais de Cabeleireiro a todos os que estão, atualmente, a exercer a profissão e que pretendem validar os seus conhecimentos. Conheça mais sobre estas e outras entidades de formação certificadas para cabeleireiros, assim como alguns cursos de estética complementares.
Por fim, uma vez que não precisa de profissionais com carteira profissional de cabeleireiro, poupa algum tempo e dinheiro nesse processo burocrático, tempo esse que pode e deve aproveitar para investir em especializações ou noutro tipo de conteúdos relevantes para as tarefas do seu cabeleireiro e necessidades do público-alvo.